quarta-feira, 19 de novembro de 2014


Informação é do chefe do DIHPP, Wagner Pinto; funkeiro foi morto em BH.
Página do DJ no Facebook, com mais de 30 mil fans, exibe luto.

Despedida
DJ Paulinho foi assassinado em Belo Horizonte (Foto: Reprodução/TV Globo)DJ Paulinho foi morto no bairro Santa Mônica, em
Belo Horizonte. (Foto: Reprodução/TV Globo)
O chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), Wagner Pinto, disse nesta quarta-feira (19) que uma suposta relação do DJ Paulinho, morto a tiros em Belo Horizonte, com a mulher de um traficante é uma das cinco linhas de investigação. “São informações preliminares que ele teria sido visto com uma mulher de um traficante. Nós estamos checando”, afirmou o delegado ao G1.

O crime ocorreu na noite desta segunda-feira (17), no bairro Santa Mônica, na Região de Venda Nova. As investigações estão sob responsabilidade do delegado Marcelo Manna.

Nesta quarta, Wagner Pinto informou que ainda não há um suspeito para a morte. “Não existe um suspeito. Existem linhas investigativas”, falou. Segundo ele, o delegado responsável está colhendo depoimentos e os trabalhos de campo estão sendo realizados.

De acordo com o chefe do DIHPP, vídeos de câmeras de segurança podem ajudar na investigação. Segundo o delegado, a polícia teve acesso a “imagens importantes”, em que podem ser vistas duas pessoas, em uma motocicleta, disparando contra o funkeiro. O registro da execução também não será divulgado pela corporação, conforme informou Pinto.

‘Querido’
Na manhã desta quarta, a página do DJ Paulinho no Facebook, com mais de 30 mil fans, exibia a imagem do artista com uma mensagem de luto. “Em nossa memória irá ficar suas melhores risadas, suas melhores piadas. E seu eterno grito, ‘Vai Paulin!’ Hoje tem baile no céu! Tá ligado não?”.
Página do DJ Paulinho mostra imagem com mensagem para o funkeiro. (Foto: Reprodução/Facebook)Página do DJ Paulinho mostra imagem com mensagem para o funkeiro. (Foto: Reprodução/Facebook)
Um dos responsáveis pela empresa que organizava os shows do funkeiro, Mateus Robledo contou que Paulinho era “muito querido”. “O Paulinho era um dos mais queridos. Inclusive, ele é que ensinava os outros DJs que tem hoje em Belo Horizonte. A maioria foi ele quem treinou. (...) Nunca alguém chegou em mim pra falar mal dele. Ou contrário, só elogio”, falou.

Segundo o amigo, o DJ já chegou a fazer 120 shows em um mês. Robledo disse que, nos momentos de descanso, Paulinho gostava de aproveitar o tempo livre com a esposa e com o filho.
João Paulo de Moura Rocha, 27 anos, de apelido Paulinho, era um dos DJs mais conhecidos em bailes funk de Belo Horizonte. O crime aconteceu na porta da casa onde morava há oito meses com a mulher e o filho. O corpo do funkeiro foi enterrado na tarde desta terça-feira, Cemitério Bosque da Esperança, na Região Norte da capital mineira.

O crime abalou a família e amigos. “Ele não tinha desafeto, sempre foi muito carismático. Sempre muito pacífico, nunca teve envolvimento com nada”, disse ao G1 o sobrinho Danilo Silva, de 22 anos. Segundo ele, Paulinho era o caçula de nove irmãos, e todos estão chocados com a violência. Ele afirma que a família não tem indícios do que pode ter motivado a morte.
A mulher do DJ disse à Polícia Militar (PM) que ele estava em casa e saiu para pegar um material no carro, quando dois homens em uma motocicleta o reconheceram e fizeram os disparos. As câmeras de segurança da casa registraram o crime, e as imagens vão ser analisadas pelo delegado Marcelo Manna.

Nas redes sociais, o DJ colecionava milhares de fãs e seguidores, que deixaram mensagens de despedida. Ele era famoso em Belo Horizonte e fazia muitos shows de funk em casas noturnas da capital e também no interior. Paulinho começava a ser conhecido nacionalmente e, este ano, gravou participação no programa “Esquenta”, apresentado por Regina Casé.
Os últimos shows foram em Lavras, no Sul de Minas, onde DJ Paulinho se apresentou no sábado (15), e em Belo Horizonte, no domingo (16).
fonte g1 - via ao g1 

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