sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Rapaz de 20 anos confessou o crime e, em depoimento, disse que manteve relações sexuais com João Antônio Donati antes de matá-lo



João Antônio Donati foi assassinado ma madrugada da última quarta-feira. Desde o início das investigações, a polícia suspeita de homofobia
Foto: Reprodução do Facebook

João Antônio Donati foi assassinado ma madrugada da última quarta-feira. Desde o início das investigações, a polícia suspeita de homofobia - Reprodução do Facebook

RIO - Foi preso na tarde desta sexta-feira um rapaz de 20 anos suspeito de matar João Antônio Donati, 18 anos, em Inhumas, na região metropolitana de Goiânia, Goiás. Segundo a polícia, o suspeito confessou o crime. A prisão foi uma ação conjunta da Polícia Civil com a Polícia Militar.
De acordo com o delegado Humberto Teófilo, o jovem foi detido em uma fazenda de Inhumas, onde trabalhava em uma plantação de tomates. A polícia chegou até o suspeito depois de encontrar a

identidade dele próxima de onde o corpo foi encontrado, em um terreno baldio. Em depoimento, ele disse que manteve relação sexual com com a vítima no mesmo terreno onde ocorreu o crime.
— Após a relação, os dois acabaram se desentendendo e entrando em luta corporal. Ele matou o João asfixiado, pegou o papel que estava em um lixo e colocou na boca dele, segundo ele, porque estava “muito nervoso” — contou o delegado em entrevista ao G1.
Apesar do relato, o suspeito disse à polícia que não é homossexual, mas que já se relacionou com outros homens. O rapaz também afirmou que não conhecia a vítima.
O depoimento do suspeito confirma o laudo do Instituto Médico Legal (IML), concluído na quinta-feira (11). Segundo o documento, a vítima lutou com o agressor antes de morrer. O documento concluiu também que a João Donati morreu asfixiado e que não havia nenhuma fratura no corpo, que foi encontrado com hematomas e com pedaços de papel dentro da boca na quarta-feira.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais e causou revolta em internautas de várias partes do país, que já marcaram protestos em cidades como Inhumas, Belo Horizonte e São Paulo para amanhã, sábado, dia 13.


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