terça-feira, 20 de janeiro de 2015



SÃO PAULO - O surfista Ricardo dos Santos, o Ricardinho, de 24 anos, morreu na tarde desta terça-feira depois de ser operado pela quarta vez. Ele não resistiu a ferimentos depois que foi baleado na segunda-feira durante uma discussão na Guarda do Embaú, em Palhoça, Santa Catarina.
Desde então, ele estava entre o centro cirúrgico e a UTI do Hospital Regional de São José, informou sua assessoria.
A morte foi confirmada pela assessoria do surfista. A equipe do hospital ainda se pronunciará sobre o caso, informando a hora exata e a causa da morte.
Na segunda-feira, o surfista havia passado por três cirurgias para a contenção de duas hemorragias internas. Mas o estado de saúde dele piorou de madrugada e ele foi submetido a uma nova cirurgia nesta terça-feira.
É grande a comoção de amigos e familiares, tanto no hospital quanto nas redes sociais.
Um policial militar foi preso na segunda-feira por tentativa de homicídio horas depois do crime, que chocou o mundo do surfe.
Vários atletas postaram mensagens pedindo doações de sangue e homenageando Ricardinho.
Ricardo dos Santos surfava desde os 7 anos de idade e era especialista em ondas pesadas e tubulares. Venceu duas vezes a triagem do Circuito Mundial de Surfe (WCT) do Taiti e chegou a derrotar o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater, chegando às quartas de final.
A namorada do surfista, a modelo Karoline Esser, postou em seu perfil no Instagram uma foto ao lado de Ricardo agradecendo o apoio dos que estão "rezando ou pensando de alguma forma positiva no surfista" _ além de mensagens pedindo ajuda com doações de sangue.
Bastaram poucos minutos após a morte ser confirmada para a página de Karoline no Instagram vir com várias mensagens de pesar e pedindo para ela ter força.
TRÊS TIROS


Testemunhas contaram que, por volta das 9 horas de segunda-feira, Ricardinho abordou três pessoas que estavam encostadas em um carro próximo à praia e pediu para que elas parassem de usar drogas em público. O trio entrou no veículo, deu três tiros no surfista e fugiu. Um helicóptero foi usado para socorrer Ricardinho, levado consciente para o hospital. Os tiros atingiram o tórax e o abdômen.
A Polícia Civil ouviu o policial militar suspeito de ter disparado contra o surfista horas depois do crime. Acompanhado de um advogado, ele alegou legítima defesa durante os 20 minutos de depoimento. Ele foi preso em flagrante por tentativa de homicídio e encaminhado para o quartel da Polícia Militar em Florianópolis. Os policiais ouviram ainda um avô, um tio do surfista e os dois policiais militares que atenderam a ocorrência. O irmão do PM, que é menor, prestou depoimento como testemunha e foi liberado.
- São duas versões conflitantes. Uma parte alega que agiu em legítima defesa, que teria sido ameaçada antes, e a outra parte fala que não, que foram feitos os disparos injustificados, que não houve nenhum tipo de agressão anterior que motivassem esses disparos - disse à RBS TV, afiliada da TV Globo em Santa Catarina, o delegado Marcelo Arruda, que investiga o caso.

fonte jornal o globo 

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