segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Outros dois homens também foram esfaqueados e estão internados em estado grave; polícia trabalha com a hipótese de homofobia 
gay jabaquaraTrês homens foram esfaqueados na noite do último sábado (13) no terminal rodoviário do Jabaquara, zona sul da capital. Eles foram socorridos no local pouco depois dos ataques – que ocorreram por volta das 21h30 – mas um deles não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital. Os outros dois passaram por cirurgia e seguem internados em estado grave.
Samuel da Rocha tinha 23 anos e estava no supermercado que dá acesso ao terminal quando sofreu o ataque que tirou sua vida. De acordo com a Polícia Civil, ele levou uma facada do lado esquerdo do abdome.
Um fato que chama a atenção da polícia é que os ataques aconteceram no mesmo horário mais em três locais diferentes. Enquanto Rocha foi esfaqueado no supermercado, o outro homem, Márcio Alves da Silva, foi atacado na bilheteria e o terceiro, Cristiano Martins, no banheiro.
Marcas de sangue no chão, próximo a bilheteria, onde um dos jovens foi atacado. (Foto: reprodução)
Marcas de sangue no chão, próximo a bilheteria, onde um dos jovens foi atacado. (Foto: reprodução)
Na internet, amigos e defensores dos direitos LGBT afirmam que os três jovens eram gays e que os crimes ocorreram por motivações homofóbicas. Um ato em repúdio aos crimes de ódio, que cita o nome de Samuel, inclusive, já foi marcado.
O fato de o terminal do Jabaquara ser um conhecido lugar de ataques de skinheads contra homossexuais também fortalece a possibilidade.
Questionada, a Polícia Civil informou que não descarta a hipótese.
“Estamos trabalhando com todas as hipóteses. Nao sabe se foi briga, se foi roubo. Mas existe a possibilidade de homofobia, sim”, afirmou o delegado da 35ª DP do Jabaquara, Dr. Levi de Oliveira. Ele informou ainda que, neste momento, há policiais no terminal tentando ter acesso às imagens das câmeras de segurança e também no hospital onde se encontram os dois homens feridos com o intuito de se obter mais informações.
Até o momento, ninguém foi preso.
Foto: reprodução/Facebook 

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